Por que os consumidores odeiam quando as marcas tentam se conectar com eles?

Outro dia, rolando ali pelo Reddit, me deparei com uma tirinha chamada “Life of a Meme”, assinada por @alexkrokus, e ela me pegou de jeito. Aparentemente norte-americana, feita em inglês, não consegui identificar exatamente a origem ou o contexto original, mas bastou bater o olho pra entender a crítica.

A tirinha mostra, de forma lúdica (e um pouco dolorida pra quem trabalha com marketing), como é chato ver marcas tentando forçar a barra pra parecer descoladas. Sabe aquela empresa que quer ser “cool”, “engajada”, “da galera”, mas acaba virando piada por estar visivelmente deslocada do rolê? Pois é. A gente vê isso todo santo dia nas redes sociais.

Tirinha sobre brand/posicionamento de marca em ações de marketing


Nem toda trend é sua trend

Existe uma obsessão em algumas marcas por abraçar qualquer hype, como se isso fosse a fórmula mágica para viralizar. O meme bomba? Corre usar. Teve trend nova no TikTok? Posta qualquer coisa só pra dizer que tá participando. No fim, o que era pra ser marketing vira vergonha alheia corporativa.

Enquanto isso, marcas como Louis Vuitton ou Louboutin seguem firmes, sem postar dancinha ou usar o bordão da semana. Por quê? Porque isso não faz parte da essência da marca. E não significa que estão “paradas no tempo” – muito pelo contrário. Elas sabem que posicionamento forte não depende de hype passageiro.


Posicionamento não se compra em challenge

Comunicação e posicionamento não são sobre quem grita mais alto ou quem participa de mais trends. É sobre como o seu público percebe sua marca. E aí mora o perigo: quando a marca tenta ser tudo pra todo mundo, ela deixa de ser alguma coisa pra alguém.

Às vezes, fico pensando que posicionar uma marca é como escolher um perfume. Se você tenta usar todos os aromas de uma vez — floral, amadeirado, cítrico, baunilha, menta, sei lá — no fim você vai só incomodar o ambiente inteiro. Mas quando você escolhe a fragrância certa, aquela que tem a ver com sua essência e fala com o público certo… você não precisa gritar, a marca chega primeiro.


Seja intencional (e consciente)

Nem todo meme é pra você. Nem toda trend precisa ser surfada. Não se trata de ser “engessado”, mas de ser estratégico. O humor e a criatividade são ferramentas poderosas, mas precisam estar alinhados com o seu tom de voz e a percepção que você quer construir.

E, sinceramente, se você tem que forçar demais para parecer engraçado ou atual, talvez o melhor caminho seja ficar quieto mesmo. A galera que consome internet percebe quando é natural e quando é marketing forçado tentando se passar por espontâneo. Spoiler: não cola.


Conclusão: menos esforço pra ser legal, mais esforço pra ser autêntico

No fim do dia, o que a tirinha “Life of a Meme” mostra é que a tentativa desesperada de marcas para viralizar pode, na verdade, afastar o público. Porque ninguém quer conversar com uma empresa que parece aquele tio no churrasco usando gírias de 2016 achando que tá abalando.

Então, da próxima vez que sua marca quiser entrar numa trend, antes de apertar o botão “publicar”, respira e se pergunta:

“Isso tem a ver comigo ou tô só tentando parecer algo que não sou?”

A resposta certa pode te poupar de muitos posts deletados e comentários de “meu Deus, que vergonha”.

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Lillian Almeida

Com 27 anos, sou jornalista e estrategista de tráfego, especializada em conectar marcas ao público de maneira assertiva.

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